A dieta mediterrânea é considerada uma das dietas mais saudáveis do mundo! Este tipo de dieta é tradição nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo, como Grécia, Itália, França, Espanha, entre outros.
Mais que um padrão alimentar, a dieta mediterrânea é um estilo de vida!
Cada país apresenta suas particularidades gastronômicas, mas, em geral, os alimentos consumidos com maior frequência nesta dieta são os pães e cereais (majoritariamente integrais), tubérculos, azeite, oleaginosas (as castanhas), feijões, verduras, legumes e frutas. Peixes e frutos do mar aparecem como principal fonte protéica, seguida das aves, ovos, leite, iogurte e queijos. Carne vermelha, doces e alimentos processados são consumidos com menor frequência (ou inexistentes). O consumo diário do vinho tinto (até 2 taças para os homens e até 1 taça para as mulheres) e a hidratação correta com água também fazem parte da boa nutrição nesta cultura.
A partir desta análise podemos observar que estas pessoas têm uma alimentação riquíssima em fibras alimentares, antioxidantes, ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais, e, por outro lado, pobre em gorduras saturadas! Não é a toa que os países do mediterrâneo apresentam alta longevidade e baixa incidência de obesidade, doenças coronarianas e câncer!
Associados aos hábitos alimentares estão presentes outros hábitos saudáveis, como a prática de atividade física, as celebrações e a socialização!
Agora gostaria de propor uma breve reflexão: se uma dieta que fornece todos os nutrientes, onde não há restrição de alimentos, apenas uma boa distribuição entre eles, repercute em excelente qualidade de vida (leia-se peso corporal adequado e diminuição de doenças crônicas), por que vemos cada vez mais dietas da moda com diversos tipos de restrições alimentares (algumas até indicando o jejum prolongado como melhor estratégia para a perda de peso)? Onde fica a questão fisiológica, cultural e social da alimentação? Será que colocamos nossa vida no automático, cedendo à indústria alimentícia, revistas de saúde e aplicativos de smartfones que nos dizem o que comer e o que fazer?
Talvez devêssemos pensar mais em nutrientes e menos em calorias; mais em atividade física, bem estar e socialização e menos em televisão e computadores; mais em momentos prazerosos e menos em momentos que gerem estresse e preocupações.
Iara Waitzberg Lewinski
Nutricionista especialista em nutrição esportiva e alimentação vegetariana
Email: iaralewinski@gmail.com
Muito bom o artigo!!!!
Obrigada Charles! beijo